2013-04-09

e-books piratas

É inacreditável a quantidade de e-books piratas que se consegue na internet.

E os preços dos e-books legais continuam altos demais, mesmo nos principais mercados do mundo. Eu acho que um e-book nunca poderia custar mais do que a metade do valor do livro impresso. Afinal, não se gasta papel, tinta, armazenamento, transporte e todo o custo dessa estrutura.

E não vale o argumento de que recursos de computador são necessários para a sua produção, porque são os mesmos custos do livro impresso, mesmo quando um livro impresso não é transformado em e-book. Logo, o custo do e-book dilui o custo do livro impresso, gerando mais lucros para a editora.

Com tais custos para os consumidores, a pirataria não vai diminuir.
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Um problema grave no Brasil é o tratamento tributário dispensado ao e-book. Me parece que cobram impostos no e-book que não cobram no livro impresso. Deveria ter a mesma tributação.

E depois o (des)governo fala em "priorizar a educação"...
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Se um livro impresso custa 40 reais, seu e-book deveria custar no máximo 20 reais. Se a editora ou a livraria virtual aceitar pagamento via depósito bancário, sem usar cartão de crédito, facilitaria muito para a maioria dos potenciais compradores.
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Um e-book pirata geralmente é feito a partir do escaneamento do livro impresso e isso costuma gerar erros de identificação de texto nos programas de OCR. Ou seja, o e-book pirata é grátis mas potencialmente tem um monte de erros no texto.

Um e-book legalmente distribuído e adquirido não conteria tais erros e só esse fato já ajudaria muito na sua venda a um preço razoável e com meios de pagamento facilitados.

E como os readers de e-book vão dos computadores desktop aos telefones celulares smartphones, passando por e-readers dedicados e tablets, o que não falta são meios de ler e-books no nosso mercado.

O Brasil tem como popularizar de forma geométrica a leitura de livros. Basta querer.
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Mas não existe uma cultura editorial voltada para os e-books no Brasil. É preciso mudar a mentalidade nas editoras e valorizar os recursos digitais.

Cada projeto de livro novo tem que ser baseado na versão digital em "formato líquido" e não no "formato rígido" voltado para a impressão.

Como o mercado mundial de e-books está emigrando para o "formato líquido" padrão "ePub", é fundamental que cada projeto de livro parta desse formato.

Sobre o padrão "ePub", convém ler:
http://pt.wikipedia.org/wiki/EPUB
http://idpf.org/

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